Acesso à Energia Sustentável a Todos: Cooperativismo Solar com um Caminho para o Desenvolvimento Social

Notícias da LONGi
2024.7.24

São Paulo, 24 de junho de 2024 - Atualmente, o acesso à energia é um limitador significativo ao desenvolvimento social. Segundo dados da ONU, aproximadamente 789 milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso à eletricidade, e 2,8 bilhões dependem de combustíveis poluentes e prejudiciais à saúde para cozinhar. A falta de acesso à energia confiável impede o progresso em áreas como educação, saúde e desenvolvimento econômico.

Para mudar esse cenário, é fundamental assegurar um acesso confiável, sustentável, moderno e acessível à energia para todas e todos, conforme estabelecido pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7.

Para atingir esse objetivo até 2030, é necessário investir em fontes de energia limpa, como a solar, e melhorar a produtividade energética. Além disso, é imprescindível expandir a infraestrutura e melhorar a tecnologia para energia limpa em todos os países em desenvolvimento, procurando beneficiar as comunidades que mais precisam.

Projeto Piloto no Brasil

As comunidades da Babilônia e do Chapéu Mangueira, localizadas no Rio de Janeiro (RJ), foram as primeiras favelas brasileiras a implantar uma cooperativa de energia solar: é a Cooperativa Percília e Lúcio de Energias Renováveis. O modelo implementado em 2021 com apoio da ONG Revolusolar permite que a energia gerada pelas usinas solares revertam em créditos na conta de luz para os moradores cooperados. Além disso, os cooperados participam de oficinas sobre sustentabilidade e de formação profissional para trabalhar na instalação e manutenção dos painéis fotovoltaicos. “A energia solar é mais benéfica para os mais pobres, para quem pesa mais o custo da energia. No Chapéu Mangueira, fomentou o turismo e fomentou a economia local, porque o dinheiro que as famílias economizam, elas gastam nos serviços e comércios locais. Isso já está acontecendo, é só fomentar", afirma Dinei Medina, presidente da cooperativa.

O cooperativismo surge como uma forma de democratizar ainda mais o acesso à energia. Enquanto a classe alta gasta cerca de 3% a 4% da renda com energia, a baixa renda pode gastar até 30% a 40%. "É uma ferramenta muito importante para a questão econômica, pois reduz despesas com energia", ressalta Eduardo Avila, diretor executivo da Revolusolar. “Se uma pessoa economizou R$ 200 pelos créditos de energia convencional, anteriormente de R$ 300, então ela vai pagar R$ 100 como taxa para a cooperativa e os outros R$ 100 ficarão como economia líquida dela”, explica Avila.

Com três anos de operação, o sistema de geração distribuída já produziu 70.425 kWh, suficiente para abastecer 50 famílias e evitar a emissão de 7 toneladas de CO2 na atmosfera. Além disso, a economia na conta de luz da comunidade, na ordem de R$ 80 mil anuais, permitiu que o valor economizado fosse destinado a um fundo comunitário. Os recursos desse fundo foram usados para remunerar os envolvidos na instalação dos painéis, eletricistas, professores, entre outros.

Dentre os diversos parceiros da Cooperativa , a LONGi se destacou ao doar em 2021 60 módulos solares instalados no telhado da Associação de Moradores da Babilônia. Combinados, compõem um sistema de geração compartilhada de energia de 26 kWp, beneficiando 30 famílias ligadas à Cooperativa.

De acordo com George Wu, Diretor de Marketing e Produtos para a América Latina da LONGi, "A luz solar naturalmente ilumina a Terra e tem o potencial de fornecer uma fonte de energia consistente e equitativa para toda a humanidade. No entanto, a distribuição de acesso à energia solar continua desigual em todo o mundo, e essa disparidade precisa ser abordada." Em linha com sua missão de “aproveitar ao máximo a energia solar para construir um mundo sustentável,” a LONGi estabeleceu metas de sustentabilidade para “tornar a energia limpa acessível a todos” e o conceito de igualdade energética de “alcançar a unidade na diversidade por causa da luz solar”, representando um dos principais pilares na filosofia da empresa.

Essa iniciativa em parceria com a Revolusolar não apenas promove a sustentabilidade energética, mas também fortalece a economia local, melhora a qualidade de vida e promove a cooperação dentro da comunidade.

Sobre a Revolusolar

A Revolusolar é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2015 no Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro. Sua missão é promover o desenvolvimento sustentável de comunidades de baixa renda por meio da energia solar. Para isso, comunidades, academia, setor privado e setor público são mobilizadas para construção e ampliação de um modelo de energia solar social.

A Revolusolar adota um modelo de geração de energia descentralizada, e os beneficiários ou interlocutores diretos são as instituições e lideranças locais, como cooperativas e associações. Este modelo de negócio, conhecido como Geração Distribuída de Interesse Social (GDIS), promove o papel dos cidadãos ativos ou ‘prossumidores’, que consomem e produzem energia.

A metodologia da Revolusolar, chamada de Ciclo Solar, combina instalações solares com iniciativas de eficiência energética, formação profissional e atividades culturais e educativas para promover o envolvimento ativo da comunidade. Com isso, nesses locais há maior segurança, eficiência energética e retorno financeiro na conta de luz dos envolvidos.

A Revolusolar planeja expandir suas operações para mais 100 comunidades até 2025 para beneficiar aqueles que mais precisam. Atualmente, os projetos da instituição são realizados, além das favelas da Babilônia e Chapéu Mangueira (Rio de Janeiro, RJ), no Circo Solar na Cidade Nova (Rio de Janeiro, RJ), Kurasi Tury em Terra Preta (Manaus/AM), Comunidade Solar (Jabaeté/ ES), Conjunto Habitacional Paulo Freire (São Paulo/SP), Instituto Favela da Paz (São Paulo/SP), Maré Solar (Rio de Janeiro/RJ), e AMAC (Duque de Caxias/ RJ).

Sobre a LONGi

Fundada em 2000, a LONGi está comprometida em ser a empresa líder em tecnologia solar do mundo, focando na criação de valor orientada pelo cliente para a transformação completa do cenário energético.

Sob sua missão de 'fazer o melhor uso da energia solar para construir um mundo sustentável', a LONGi dedicou-se à inovação tecnológica e estabeleceu cinco setores de negócios, cobrindo wafer, células e módulos de silício mono, soluções solares distribuídas comerciais e industriais, soluções de energia renovável e equipamentos de hidrogênio. A empresa aprimorou suas capacidades para fornecer energia renovável e, mais recentemente, também abraçou produtos e soluções de hidrogênio verde para apoiar o desenvolvimento global de zero carbono.

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